EXTRATO FLUIDO ROMÃ
Nome científico: Punica granatum
Nome popular: Romãzeiro, romãzeira, romã, romeira, granada, milagrada, milagreira,
miligrã, Romeira-de-granada, miligrama.
Família: Punicaceae.
Parte Utilizada: Casca do fruto.
Composição Química: Alcaloides: pelieterina e isopelieterina; compostos fenólicos; antocianinas: delfinidina, cianidina e pelargonidina, quercetina, ácidos fenólicos: caféico, catequínico, clorogênico, orto e paracumárico, elágico, gálico e quínico e taninos punicalagina; vitamina B1, vitamina B2 e sais minerais.
A Romã é uma fruta vulgar no Mediterrâneo Oriental e Médio Oriente, onde é tomada como aperitivo e sobremesa ou é transformada numa bebida alcoólica. Nativa do Oeste da Ásia, mas aclimatada às restantes regiões desse continente, nas Américas e Leste da África é uma árvore perene de folhas ovadas e flores chamativas de cor vermelha com pétalas cerosas, que aparecem no verão. O Fruto é coberto por uma casca coriácea de cor castanho brilhante e contém suco carmesim em bolsas individuais, contendo cada, uma grande semente. O pericarpo e o líquido das sementes encerram propriedades adstringentes. A casca contém grande quantidade de taninos, grenadine, punicina e ácido gálico.
Indicações e Ação Farmacológica
Possui efeito adstringente e antisséptico proporcionado pelos taninos gálicos, sendo, portanto, muito utilizado em produtos para o tratamento de acne e de seborreia, além
de regular a oleosidade da pele e dos cabelos. Graças à presença de compostos fenólicos em sua composição, possui também comprovada ação antioxidante, apresentando elevada capacidade de inibir a oxidação nas fases inicial e mais avançada do processo oxidativo, agindo por mecanismos primários e secundários
Atividade antioxidante: Trabalhos experimentais demonstraram que os compostos fenólicos da romã apresentaram influência sobre fatores biológicos, como a atenuação
de fatores aterogênicos, modulação das respostas anti-inflamatórias e de enzimas do sistema de defesa antioxidante endógeno (superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase). Também os flavonóides extraídos do suco fermentado e do óleo da romã tiveram atividade inibitória das enzimas oxidantes ciclooxigenase e lipooxigenase.
Este ativo, já é utilizado há muito tempo em diversas patologias e recentemente, de acordo com estudos, a romã começou a ser utilizado como antioxidante. As propriedades deste ativo se devem à presença de taninos e flavonóides, em especial o ácido elágico, presente na casca, suco e semente e de ácido púnico (óleo). Vários estudos mostram que a romã consegue neutralizar a ação danosa dos radicais livres produzidos pelas radiações UV, retardando o processo de envelhecimento da pele. Em conclusão, a ação antioxidante se dá por meio do combate ao ânion superóxido e radicais hidroxil e peroxil, possibilitando a romã um alto potencial antioxidante.
Propriedades antimicrobianas: Um estudo avaliou a atividade antimicrobiana do extrato de Romã em cinco linhagens bacterianas predominantes do biofilme (placa bacteriana) dental: Streptococcus mitis, Streptococcus mutans, Streptococcus sanguis, Streptococcus sobrinus e Lactobacilius casei. Conclui-se que o extrato da Punica granatum Linn., apresentou atividade antimicrobiana in vivo e in vitro sobre as linhagens do biofilme dental. Pesquisadores analisaram extratos aquosos, alcoólicos e cetônicos das folhas e caule das plantas de várias famílias para avaliar as propriedades antibacterianas e verificaram que o extrato de P.granatum apresentou os melhores resultados, inibindo mais de 50% do crescimento bacteriano.
Atividade hipoglicêmica: Um estudo observou que o extrato etanólico do epicarpo da P. granatum age na inibição da absorção intestinal de glicose. A atividade hipoglicêmica observada não depende da liberação ou potencialização da insulina. O extrato interferiu na glicemia de ratos tratados com insulina e inibe a hiperglicemia em ratos tratados com aloxane.
Toxicidade/Contraindicações
Estudiosos promoveram a administração oral sucessiva de altas doses de elagitanina punicalagina, um dos princípios ativo de romã, em ratos por 37 dias. Os resultados
mostraram a ausência de efeitos tóxicos no período.